sábado, 8 de outubro de 2011

É! Parece que mais uma jornada está chegando ao fim... E mais uma vez eu serei de certa forma forçada a deixar coisas, pessoas e histórias para trás. E mais uma vez serei punida por me apegar tanto, esquecendo-me que sempre chega um momento em que precisamos partir. Mesmo amando, mesmo jurando que seria para sempre. E só assim conseguimos, de fato, seguir a nossa vida. Não pense que eu gosto, não confunda com desamor, desapego. Simplesmente parece ser a lei das coisas, do tempo, da vida. E mais uma vez, quando me acostumei, terei de largar. Quando achei que havia terminado, vejo que foi apenas mais uma etapa e lá vou eu, começar tudo de novo, pra me provar que ainda não chegou ao fim, pra me mostrar o quando ainda tenho pela frente. E todas essas pessoas que comigo estão, serão apenas mais personagens, deste grande livro que é a vida. Serão apenas elas, estarão apenas sem mim...
E tudo isso que eu estou vivendo agora, logo será apenas mais um capítulo superado em várias folhas que terei de virar. Tudo isso parece tão cruel. Mas, não é assim que tem que ser? Não é desse jeito que as coisas funcionam? Já que para chegarmos até o fim, precisamos vencer tantas coisas, percorrer tantos caminhos, deixar tanta estrada para trás; e ainda há quem diga, que não consegue esquecer, seguir em frente. E ainda há quem culpe o outro por não ter sido para sempre. Como se fosse apenas escolha nossa. Como se a vida não nos arrastasse e o tempo não transformasse tudo em memória, apenas memórias. Como se realmente pudéssemos escolher entre prolongar ou não alguma coisa. Você não imagina, como eu queria ficar, meu caro. Não imagina como dói ter que passar por cima de tanta vida, abandonar sofrimentos que eu ainda não superei, dizer ''até logo'' para pessoas e lugares que eu desejaria chamar de meus, tratar como fixos. Mas e eu? E meu futuro? E aquilo que eu ainda tenho de fazer? E mais uma vez, terei de escolher entre os outros e mim mesma. Só pra me ensinar que de alguma forma, sou sozinha. Veja bem, não é culpa ou vontade de ninguém. Porém chega uma hora em que precisamos seguir nossos interesses, lutar por nossos sonhos. E quantos tem os mesmos interesses e sonhos que nós? E quantos seguirão pelo mesmo caminho? Eu juro, que se eu pudesse eu ficava. Mas eu não quero. Por mais que doa, eu entendi que preciso ir. Abandonar o passado para não abandonar a mim mesma, para garantir um futuro, para aprender a ser o que devo ser. E não diga, por favor, que não foi verdadeiro o que eu senti, o que eu fiz e os que eu amei. Não diga que eu não fiz o possível para continuar ao seu lado e não ter que dizer que essas serão minhas últimas chances aqui. E ainda me desculpe se não foi o suficiente pra você. Eu tenho que seguir em frente sem levar comigo nada seu, sem poder te levar ao meu lado. E ainda pretendo perguntar se alguém vai sentir falta da minha ausência tão presente nesse dias que estão por vir. E ainda me pergunto se eu sentirei falta da parte de mim que vai ficar aqui... E eu só espero que valha a pena tudo isso. E eu só queria poder te encontrar, por aí, um dia desses, quando sem querer nossos caminhos contrários se cruzassem e poder olhar bem pra você, ver como mudamos, perguntar se ainda está bem e perceber como conseguimos continuar bem um sem o outro. E nessa hora entender que o amor se renovou, que meu futuro esperava por uma passo meu, que as lágrimas valeram a pena, que tudo valeu a pena e que a vida é mais que tudo isso. E eu posso não entender nada disso, e eu posso me enganar para parecer satisfeita sabendo que no fundo largaria o final, o amanhã e as promessas de futuros brilhantes para ficar mais um pouco.